A Fábrica Alentejana de Lanifícios encarna património e mestria
- #PortugalFazBem
- 21 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de dez. de 2021

O artesanato laneiro está na origem do actual concelho de Reguengos de Monsaraz e constitui uma referência fundamental na história da região. Desde o Sec XVI que as passagens de grandes rebanhos de transumância ligada a Mesta Espanhola, juntamente com a fixação no local de couteiros da casa de Bragança, criaram condições excepcionais para o desenvolvimento desta atividade.
A Fabrica Alentejana de Lanifícios encarna toda essa herança. Desde a sua formação oficialmente criada na década de 30 do Séc XX por António Durão que chama o único tecelão dos antigos tecelões, a montar uma oficina para que várias pessoas viessem a aprender o oficio, continuou o prestigio e a qualidade dos tecidos reguenguenses, criando a imagem de marca das Mantas de Reguengos depois de criar uma pequena fábrica, onde empregou aquele mestre e alguns aprendizes.

Mais tarde já nos anos 50, José Rosa concentrou a indústria das mantas dando-lhe o nome da Fábrica Alentejana de Lanifícios e a que chamou uma notável industria portuguesa, procurando sempre o bom gosto, e a sua qualidade pura.
Em 1958 foi-lhe atribuída a Medalha de Ouro para o melhor design e para a melhor qualidade repetindo-se em Helsínquia em 1982.

Mais tarde e durante 41 anos a Fábrica passa a ser propriedade de Mizete Nielsen, entre 1978 e 2019, depois de a ter descoberto enquanto fazia um levantamento oficial sobre a manufactura de lanifícios. Durante todos esses anos o seu Talento, Energia e Empreendorismo, fez continuar a tradição divulgando em todos os suportes media a fama da Manta Alentejana. Introduzindo inovações e criatividade, manteve a marca viva até aos dias de hoje, acrescentando grande valor, e uma nova dimensão a esta arte tão significativa na Identidade Cultural do Alentejo.

Em Janeiro de 2020, a Fábrica Alentejana de Lanifícios passa das mãos da Mizzete para a de 3 portugueses amantes do Alentejo que com as suas ideias, criatividade e empreendedorismo, lhe dão continuidade com o intuito de projetar esta arte além fronteiras.




Margarida Adónis, António Carreteiro e Luís Peixe querem continuar a tradição passada, consolidar a produção e a sua herança cultural para incentivar o regresso às origens do conforto de uma manta de pura lã.

Fazer chegar esta arte a mais cantos do mundo, mantendo a qualidade, os princípios, os padrões e as técnicas bem como, a essência do fazer das mantas e tapetes com lã de merino, pelas mãos de talentosas Artesãs e seus teares é o desafio futuro. As ideias para futuros projectos são muitas!
"Fins de Abril a Natureza rebenta por toda a parte. Não existe, com certeza nem Crasso nem mais riqueza, nem artista com mais arte", do livro "Mantas Alentejanas - Arte e tradição" de Mizette Nielsen.
FÁBRICA ALENTEJANA DE LANIFÍCIOS
R. dos Mendes 79 Reguengos de Monsaraz
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