Uma das tendências com maior movimento na arquitectura actual, são as casas compartilhadas ou no seu termo mais popular em inglês 'Co-living', este tipo de moradia assemelha-se aos famosos alojamentos estudantis, em relação à dinâmica de convivência.
Apesar de apoiar um estilo de convivência semelhante ao da etapa universitária, neste caso, estrutura-se numa casa que se destaca pela combinação de ambientes privados e áreas comuns para os diferentes habitantes. Como consequência, uma desenvolve-se uma importante interação social entre os residentes, sem deixar de lado a privacidade e conforto de cada um.
Em que aspectos se baseia o co-living?
O mundo actual revolucionou e mudou a dinâmica social em todos os aspectos, incluindo a forma de trabalhar, o desejo de constituir família e o estilo de vida a que muitos aspiram. O trabalho á distancia é cada vez mais comum, de modo que os que o adopta acaba por ter muito menos contacto social, o que pode desencadear inúmeros problemas pessoais e psicológicos.
Por outro lado, o interesse dos jovens em constituir família está a diminuir, o que faz com que o contacto diário próximo entre a população diminua, em grande percentagem. Menos pessoas, menos contacto e espaços menores são as características predominantes desta era.
Obviamente que estas mudanças impactam o mercado imobiliário, dando assim ao movimento de construção de residências para ‘Co-living’, onde o conceito de interacção e divisão de espaços comuns é trabalhado para optimizar recursos.
Neste sentido, existem estruturas destinadas a ‘Co-living’ de diferentes dimensões, desde áreas onde podem coexistir 4 a 10 pessoas de diferentes núcleos familiares, e mesmo algumas com capacidade para até 500 habitantes.
Os interiores deste estilo caracterizam-se por possuírem quartos confortáveis e privados, com armários ou quartos de vestir e uma casa de banho. As áreas comuns são estruturadas de modo a promover o 'Co-living'. Esses espaços podem ser áreas de lazer para crianças, áreas de trabalho, cozinha, área de serviço, espaços verdes, entre muitos outros.
São construídos a partir de estruturas mais luxuosas e modernas, até outras menos ostentosas e convencionais, sempre adaptadas às diferentes necessidades dos habitantes. Portanto, é uma grande oportunidade para viver num ambiente de estilo desejado, com um orçamento mais apertado. É possível obter maior conforto e luxo a um preço mais controlado, abrindo assim a pessoa solteira ou mesmo para um casal.
Co-Living e arquitetura
O ponto central para se estruturar a arquitectura e ambientes Co-living é, sem dúvida, o encontro e o convívio social. Sendo esta a questão que procura promover, é necessário que os espaços sejam construídos de acordo com esta premissa.
Como consequência, são concebidas estruturas de espaços amplos e confortáveis, onde apesar da convivência, o conforto é o ponto de partida. Da mesma forma, para acompanhar as mudanças e necessidades actuais, propõe-se que esta construção seja eficiente e sustentável.
A utilização de artigos reciclados que permitam conviver de maneira amigável com o meio ambiente é um dos requisitos indispensáveis em muitos dos interessados neste tipo de moradia. Portanto, o espaço, o conforto e sustentabilidade são as condições arquitectónicas indispensáveis para essas residências.
Conclusão
O Co-living é um dos movimentos que veio para ficar. Mudanças sociais e interesses geracionais sustentam este tipo de construção e encomendas.
Para muitos millennials com forte interesse em viajar e não adquirir mais responsabilidades para além do seu emprego, é uma excelente opção de habitação. Uma vez que representam grande parte das gerações desta época, é imprescindível conhecer as suas necessidades. A equipa do EasyDecor Studio tem este conhecimento.
Michelle Hernández
Membro da equipa de Comunicação e Marketing de Habitium.pt e Materialesdefabrica.com
Comments